Snap, Flatpak e Appimage. Formatos de pacote universal para Linux

Formatos de programa

Existe uma velha piada no mundo da tecnologia que sempre que alguém tenta criar um formato que reúna o melhor de todos os outros para evitar a dispersão, apenas adiciona um novo à lista. Parte disso existe com os esforços para criar um formato de pacote que possa ser executado em todas as distribuições do Linux sem modificação. Até agora, neste século, já somos três.

Snap, Flatpak e Appimage. Diferenças com formatos tradicionais

A principal diferença entre formatos de pacote nativos e formatos de pacote autônomo é que os primeiros compartilham dependências com outros programas instalados no sistema operacional. Em outras palavras, se o programa Y precisa da dependência 1 e essa dependência foi instalada pelo programa X que também precisa dela, essa dependência não será instalada novamente.

Os programas empacotados em formatos separados incluem todas as dependências de que precisam para funcionar. Em outras palavras, a dependência 1 será instalada sempre que um programa que precisa dela for instalado.

A segunda diferença é que os formatos de pacote tradicionais devem ser construídos com as especificações de cada distribuição.. É por isso que embora o Ubuntu seja uma distribuição derivada do Debian, as diferenças são importantes o suficiente para que os repositórios do primeiro não possam ser usados ​​no segundo.

A terceira diferença é que qualquer modificação em uma dependência de pacotes tradicionais pode afetar a operação de todos os outros que precisam dela. Por outro lado, as modificações em um programa em um formato independente não afetarão o resto do sistema.

Dependendo das particularidades de cada distribuição, é possível instalar os aplicativos em formatos independentes a partir de um gerenciador de pacotes e automatizar sua atualização com o gerenciador responsável por eles.

No Ubuntu, o Software Center permite instalar os dois programas em formatos tradicionais como o Snap, dando preferência ao último. Embora exista um plugin que permite o GNOME Software Center (do qual o Ubuntu é derivado), ele não funciona com esta distribuição.

No caso do Ubuntu Studio, é possível habilitar a opção de usar pacotes Snap enquanto KDE Neon e Manjaro podem trabalhar com os dois formatos.

estalo

É o mais novo dos formatos independentes desde o início do seu desenvolvimento em 2014.  Ele se destina não apenas a ser usado em distribuições Linux para desktop, mas também para a Internet das Coisas, dispositivos móveis e servidores. PARAEmbora seja possível criar lojas de aplicativos separadas, atualmente há apenas uma operada pela Canonical, Snapcraft.

Embora o Snapcraft tenha uma variedade dos aplicativos de código aberto mais populares, Sua força são os programas desenvolvidos por desenvolvedores de software privados e provedores de serviços em nuvem.

Flatpak

Embora Flatpak tenha sido lançado oficialmente em 2015, é a continuação de outro projeto de formato universal conhecido como xdg-app. Este projeto nasceu com o objetivo de ser capaz de executar aplicativos em uma área restrita virtual segura, que não requer privilégios de root ou representa uma ameaça à segurança do sistema.

Flatpak está focado em distribuições de desktop também usa o conceito de loja de aplicativos sendo Flathub o mais conhecido.

O ponto forte de Flathub é que geralmente tem as versões mais atualizadas dos principais aplicativos de código-fonte aberto.

Appimage

AppImage é o mais antigo dos formatos de pacote autônomo, pois foi lançado pela primeira vez em 2004.

Foi o primeiro formato a seguir o paradigma de "Um aplicativo-um arquivo". Isso significa que sempre que baixamos um arquivo Appimage, estamos baixando o aplicativo e tudo o que ele precisa para funcionar. Se quisermos usar a aplicação, basta dar-lhe as permissões de execução e clicar duas vezes no ícone que a identifica.

Appimage não usa o sistema de app store, mas,uma página da web no qual podemos encontrar uma lista de todos os títulos disponíveis. 

Para atualizar o Appimage, podemos usar esta ferramenta.


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  1.   Cetim dito

    Sinto falta que não tenha havido menção à extrema lentidão crescente do snap ao instalar aplicativos, porque é necessário uma unidade virtual para cada um.

  2.   cetim dito

    Sinto falta que não tenha havido menção à extrema lentidão crescente do snap ao instalar aplicativos, porque é necessário uma unidade virtual para cada um.

    1.    Diego German Gonzalez dito

      Obrigado pelo seu comentário. Eu vou ter em conta.

  3.   Cláudio Jofre dito

    Pessoalmente, acho que os problemas de empacotamento de software independente nada mais são do que um reflexo de um conflito muito mais profundo, que tem a ver com o grau de conformidade com os padrões LSB e FSH pelas diferentes distribuições.
    Um dos fundamentos por trás do empacotamento é a implementação de bibliotecas padrão, mantendo o local e a localização do software, bem como os arquivos de configuração. Evitando assim conflitos na biblioteca. Algo que é comum em outros sistemas operacionais e que infelizmente, por não cumprir os padrões, acaba dificultando a manutenção e atualização do software, muito menos a migração de um software de uma distribuição para outra. A má prática de compilações manuais, realizada muitas vezes a partir de um howto, sem analisar a conformidade com os padrões em sua implementação, acaba sendo uma grande dor de cabeça para os administradores de sistema. Especialmente quando alguém deve assumir o controle de um servidor de produção instalado por outro administrador anterior.
    A embalagem independente, de uma forma ou de outra, acaba contribuindo com essa filosofia, promovendo mais do que independência, a dependência de um determinado formato ou empresa. Tornando a migração de plataforma uma tarefa quase impossível muitas vezes. Pensar mais no curto prazo do que no longo prazo. Uma situação que pode ser testemunhada por qualquer administrador sério com mais de 15 anos de experiência. E digo essa cifra propositalmente, pois nesse período terá visto acontecer distribuições suficientes, para perceber que mais cedo ou mais tarde, projetos ou serviços serão forçados por um motivo ou outro a migrar da plataforma. Situação que raramente entra nos processos de avaliação durante a implementação de um projeto. Onde é mais fácil migrar são justamente as plataformas que melhor atendem aos padrões mencionados. Sendo esses pacotes independentes, os que estão mais longe desses padrões.

    1.    Diego German Gonzalez dito

      Contribuição interessante, não me ocorreu pensar nisso

  4.   Usuário Rafael Linux dito

    A ferramenta de atualização de arquivo AppImage é praticamente inútil. Dos 7 arquivos AppImage que experimentei (Inkscape, Olive, KSnip, MuseScore, OpenShot entre outros), ele só tentou funcionar com um, terminando com um "Não existe assinatura de verificação" e, portanto, também não o atualizou. Em outras palavras, NÃO É UTILIZADO PARA NADA, você pode remover a referência. Além disso, não é atualizado há meses.

    1.    Diego German Gonzalez dito

      Obrigado por comentar