Vimos a arena do servidor passar por um estágio em que as arquiteturas baseadas em x86 (IA-32 e AMD64) dominaram com firmeza. Mas nos últimos anos ARMDevido ao seu desempenho e eficiência energética, uma lacuna está se abrindo em dispositivos móveis, mas também no campo de microsservidores ou pequenos servidores de baixo consumo para certas empresas que não requerem máquinas potentes. É por isso que muitos desenvolvedores de sistemas operacionais viram uma boa oportunidade de lançar versões com suporte ARM de seus sistemas para servidores, como é o caso da Microsoft com seu Windows Server ...
Agora também o gigante Red Hat junta-se a ter um poderoso sistema operacional, neste caso baseado em Linux, para rodar neste tipo de máquinas baseadas em ARM. Ou seja, RHEL (Red Hat Enterprise Linux) já está disponível para ARM, especificamente a versão RHEL 7.4 que vem com uma infinidade de softwares cujos pacotes foram atualizados e específicos para esta plataforma e também o kernel Linux 4.11, uma versão bastante atual do o núcleo da Torvalds & Company.
Esta distro é, portanto, otimizada para SoC (Sistema em um Chip) baseado em ARM de 64 bits que formará os servidores de que estamos falando. Esta não é uma novidade completa, já vimos uma infinidade de distribuições como Ubuntu, openSUSE, etc., que funcionam bem com arquiteturas ARM ou até mesmo para o próprio Raspberry Pi, que como você sabe também é baseado em ARM. Mas a novidade aqui é que se trata de um sistema operacional de servidor.
E com que contribuem esses tipos de servidores? Bem, quando temos chips x86 falamos de um consumo em torno de 90w ou mais, embora seja verdade que o desempenho destes seja muito alto. Mas quando baseamos os servidores no ARM, o consumo diminui para 10 - 45w, ou seja, entre 9 e 2 vezes menor do que com os chips Intel e AMD. No entanto, o desempenho é bastante aceitável, não é de forma alguma 9 vezes menor do que no caso do x86 graças à boa relação consumo / desempenho que possuem.