Fonte: GamingOnLinux
Vircádia, fique com este nome, pois é provável que haja muita conversa a partir de agora. A verdade é que não é nada extremamente novo, mas mistura algumas coisas no mesmo projeto de código aberto muito interessante. Por trás do nome está uma nova rede social gratuita.
Você certamente se lembra do famoso Videogame social Second Life que causou furor no passado. Bem, o Vircadia foi criado a partir de um sucessor deste que acabou não dando certo e que também era gratuito e de código aberto. Originalmente conhecido como Projeto Athena, agora foi rebatizado com esse outro nome, mais comercial, e começou a fazer anúncios para chamar a atenção.
Pretende ser uma rede social revolucionária que não se baseará num simples formato de imagens, vídeos ou texto como as redes sociais convencionais. Trata-se de um Espaço virtual 3D para compartilhar com outros membros, desde que seu hardware suporte realidade virtual e tenha um sistema operacional Linux, macOS, Windows ou Android.
Este espaço permitirá que as pessoas criem um próprio avatar, com seus próprios mundos e muito mais. A ideia tem seu apelo e soa muito bem, embora o estado atual do projeto ainda seja Beta, então ele está em uma versão bastante inicial.
Apesar disso é funcional e pronto para usar sendo estável o suficiente. No entanto, ele precisa de muitas melhorias e muito trabalho pela frente. Além disso, seus desenvolvedores estão preocupados que o suporte ao Linux seja adequado, já que é o principal sistema que alguns de seus desenvolvedores utilizam.
Se você se pergunta o que pode ser feito nesses mundos virtuais, a verdade é que você pode se socializar com amigos usando seu avatar e direcionando-o neste mundo, jogar games, assistir filmes, pode até ser usado para coisas mais sérias como participar de reuniões de trabalho. E o melhor é que não é limitado, podendo ser modificado para moldá-lo ao seu gosto ...
Mais informação - Site Oficial da Vircádia
Idéia semelhante foi vista no filme "Ready Player One", com um "universo" online com acesso a partir do real. Eu não ficaria surpreso se se tornasse muito, muito semelhante.
Essa fuga da realidade que grande parte da humanidade deseja vem de tempos muito distantes (esportes, hobbies, bebidas, drogas, vocações, etc.), e este software - como tantos outros hoje - apenas facilita aquele “Sair”, usando nosso tempo e a privacidade como moeda de troca, que - como todos sabemos - acaba se transformando em dinheiro também (certo, facebook / tiktok / twitter / instagram /…?).
Apesar de gostar de tecnologia e de suas possibilidades, ainda amo minha privacidade e meu tempo, então tentarei fugir de outra forma, opções totais são muitas. Mas não sei, talvez algo me leve a finalmente entrar (ser velho talvez), e vai acontecer como com fb: o meu tempo não será mais o meu.