O caminho para o Linux. A rede se junta a outras redes e chega ao mundo

O caminho para o Linux


A história não é um processo linear. Para você estar lendo este post, uma série de eventos teve que acontecer ao longo de muitos anos em diferentes lugares. Alguns são contados nos livros de história porque afetaram milhões de pessoas. Outros eram importantes apenas no nível familiar ou pessoal. Mas, todos eles nos trouxeram ao momento em que publiquei o post e você sentou para lê-lo. O mesmo acontece com o Linux.

É por isso que nesta série de artigos nós tentamos acompanhar os marcos na história da tecnologia que convergiram para tornar o Linux e o código aberto o paradigma dominante atual parae a indústria de informática.

O caminho para o Linux. A expansão da rede de computadores

A existência do Linux foi possível graças a uma série de fatores como

  • O surgimento de um suporte econômico para a distribuição de software.
  • O desenvolvimento de uma metodologia de trabalho baseada na meritocracia.
  • A existência de uma rede de pesquisa e troca de informações em tempo real.

Tínhamos ficado na existência de uma pequena rede de computadores universitários e um grupo informal de pessoas desenvolvendo por consenso os protocolos que lhes permitiriam se comunicar. Agora é a hora de passar para o próximo nível. A expansão da rede em todo o mundo.

Em 27 de agosto de 1976, uma van foi estacionada em frente a uma conhecida cervejaria na cidade de San Francisco. Seus ocupantes (membros de um instituto de pesquisa da Universidade de Stanford) eles colocaram um terminal de computador na mesa, conectaram-no ao transmissor de rádio do veículo e enviaram uma mensagem pela rede de transmissão de dados sem fio da ARPA conhecida como PRNET. A transmissão foi recebida e enviada pela ARPANET (a rede cabeada da qual já falamos) para outro computador geograficamente distante.

Isso foi possível devido à má qualidade e ao alto custo do serviço telefônico havaiano. A universidade local precisava de uma maneira barata e confiável de conectar 7 campi espalhados por 4 ilhas e decidiu usar o rádio.

O problema a ser resolvido era que os protocolos desenvolvidos para transmissão por linhas telefônicas não eram adequados. Enquanto em uma linha telefônica, os sinais viajam do emissor para o receptor de maneira ordenada,As estações de rádio transmitem indiscriminadamente para todos os receptores dentro de seu alcance. Se duas ou mais estações com uma faixa comum forem transmitidas ao mesmo tempo, as mensagens serão degradadas ou canceladas.

A solução encontrada pelos especialistas foi que Quando um remetente (nó) na rede não recebe confirmação do receptor de ter recebido o pacote de dados, espere um período de tempo aleatório e envie-o novamente.

Como o tempo limite era aleatório, a possibilidade de repetição da transmissão simultânea de mensagens era mínima.

Além dos problemas tecnológicos, o ARPA teve que lidar com outros tipos de problemas, os políticos. Em 1969 o O Congresso anunciou a decisão de cortar o orçamento de defesa e estabelecer que apenas investigações que tivessem uma relação óbvia com operações ou aplicações militares poderiam ser realizadas.

A salvação do ARPA foi um tratado limitando os testes de armas nucleares que só permitia que fossem realizados no subsolo. Esse tipo de evidência é detectado por sismógrafos em todo o mundo.

Com o objetivo de espionando a atividade nuclear da URSS, os Estados Unidos concordaram com a Noruega para construir uma instalação de detecção sísmica. Esta facilidade foi conectado a uma estação de satélite na Suécia que enviou os dados para o Virginia Center for Sismic Data Analysis. Através do mesmo link de satélite, os noruegueses tiveram acesso à ARPANET.

Foi por meio das instalações da Noruega que o Reino Unido se juntou à nova rede. A conexão era por meio de uma linha telefônica que os ligava ao University College of London.

Com o tempo, os britânicos estabeleceriam suas próprias conexões diretas por satélite.

Continuação ...


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  1.   sempre dito

    Excelente postagem! Aguardo as próximas entregas!

    1.    Diego German Gonzalez dito

      muito obrigado

  2.   Alex Borrel dito

    Na verdade, tudo começou com problemas nas comunicações analógicas. Trabalhei com as seguintes redes Darpa (baseadas conforme mencionado em Aloha da Universidade do Havaí) na Cidade do México (1980) conhecidas como Telnet e Tymnet. A velocidade real da linha comutada era de 100 bps., Algo como 10 fps. Excelente início de série.

    1.    Diego German Gonzalez dito

      Obrigado pelo seu contributo.

  3.   asdfasd dito

    dd